Mulheres do Nobel: nova Série do Projeto de Extensão “Meninas e Mulheres nas Ciências”

Mulheres do Nobel: nova Série do Projeto de Extensão “Meninas e Mulheres nas Ciências”




O Projeto de Extensão “Meninas e Mulheres nas Ciências” da Universidade Federal do Paraná, dentre outras atividades, realiza ações de Divulgação Científica que destacam o protagonismo das mulheres.

Após falarmos nos últimos meses sobre as Mulheres Cientistas do Coronavírus, a partir de agora, daremos destaque às Mulheres que ganharam o Prêmio Nobel.

O Prêmio Nobel laureia pessoas e organizações de expressivas contribuições para a humanidade, em algumas áreas, desde o ano de 1901. Já foram concedidos 597 prêmios à 923 pessoas e 27 organizações, até o ano de 2019. Deste total, apenas 54 vezes tivemos mulheres premiadas! Isto representa menos de 6%!

Nesta Série que se inaugura, intitulada “Mulheres do Nobel”, vamos apresentar, a cada semana, por ordem cronológica, aspectos da vida e obra das mulheres agraciadas com o Prêmio.

Com as publicações, problematizamos a baixíssima representatividade feminina neste cenário que é o Nobel, considerando que a láurea é um grandioso reconhecimento ao papel pelos trabalhos e serviços prestados à humanidade. E por que tivemos poucas mulheres laureadas ao longo da história? Há muito para refletirmos a esse respeito!

Uma das áreas da premiação é a Física. O Nobel de Física já foi concedido 113 vezes a 213 ganhadores. Um cientista chamado John Bardeen foi laureado duas vezes nesta área. Assim, tivemos 212 pessoas diferentes premiadas por seus feitos científicos. Quantas destas são mulheres? Apenas 3

A primeira mulher a ganhar um Nobel de Física foi Marie Curie, em 1903, dividindo a honraria com o seu marido, Pierre Curie, e com Henri Becquerel. Marie Curie foi a primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel. Ela também foi a primeira e única a ganhar dois prêmios em áreas científicas distintas (Física e Química).

A segunda ganhadora na Física, Maria Goeppert-Mayer, foi agraciada 60 anos depois de Curie, e compartilhou o prêmio com Hans Jenson e Eugene Wigner. E, em 2018, Donna Strickland se tornou a terceira mulher a ganhar o Nobel de Física, partilhando a distinção com Arthur Ashkin e Gérard Mourou.

Recapitulando: 1903 (Marie Curie), 1963 (Maria Goeppert-Mayer) e 2018 (Donna Strickland). Reafirmando: os 3 prêmios foram compartilhados com cientistas homens.

Ao fazer as contas da porcentagem da representação feminina nos prêmios da Física, você notará o quão complicado é isso! E o problema não está localizado somente neste campo, como já percebemos!

Os dados do Nobel nos permitem conduzir análises primordiais. Na imagem reproduzida abaixo temos o número de mulheres condecoradas por períodos.

 

Deixe seu comentário aqui no Blog sobre como percebe essa distribuição no percurso histórico do Prêmio.

Os textos que virão, a partir de amanhã, contextualizarão esses números.

Ao lerem sobre as trajetórias (im)possíveis das mulheres a serem retratadas, almejamos que reflexões sejam suscitadas sobre os obstáculos enfrentados por nós para conquistarmos espaços sociais importantes.

Ademais, é fundamental o (re)conhecimento mais profundo sobre as histórias dessas mulheres, no sentido de ampliarmos o nosso repertório sobre grandes feitos femininos e valorizarmos aquelas que abriram caminhos para as gerações futuras.

Em nossas redes sociais, Facebook e Instagram - @mulheresnasciencias.ufpr -, postaremos dados e questionamentos adicionais sobre o Prêmio Nobel.

Boa leitura e interação!

 

Camila Silveira

Coordenadora do Projeto de Extensão


Fonte de informação: https://www.nobelprize.org/

Para saber mais: https://www.nobelprize.org/prizes/lists/nobel-prize-awarded-women

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