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Françoise Barré-Sinoussi e a corajosa descoberta do
vírus HIV
Olá a todas e todos, como vocês estão? Esperamos que estejam bem, com saúde e animadas(os) para viajar no tempo com a gente! Hoje vamos conhecer uma mulher corajosa que se dedicou a estudar algo polêmico tanto pra época quanto nos dias atuais, que envolvia muito preconceito. Sua dedicação mudou o rumo das Ciências e estamos ansiosas pra contar essa história! Vamos lá?!
Françoise Barré-Sinoussi nasceu em 30 de julho de 1947
na cidade de Paris, França. Quando criança, a pequena Françoise aproveitava os
feriados no interior, onde ela gostava de ficar a maior parte do tempo ao ar
livre, observando a natureza. Mesmo o menor dos insetos prendia sua atenção por
horas e, de acordo com ela própria, esse grande interesse pela natureza já
poderia ser um indicativo dos rumos que sua vida tomaria mais adiante. Ela
sempre demonstrou um grande apreço pela natureza e, durante as férias
escolares, passava os dias observando os animais e as plantas dos parques de
Paris.
No período escolar, Françoise se interessava muito pelas
Ciências e, após realizar seu “baccalauréat” (que seria o equivalente
aos nossos vestibulares, em especial o ENEM, por acontecer ao final do Ensino
Médio francês) em 1966, ela estava em dúvida entre cursar Medicina ou
Biomedicina na Universidade. Por fim, Françoise optou por cursar Ciências
Naturais na Universidade de Paris, por ser um curso mais barato e mais curto do
que Medicina, já que ela não queria dar grandes despesas para a sua família,
que era humilde.
Quando estava terminando a graduação, Françoise Barré-Sinoussi
começou a considerar a carreira científica como uma opção a seguir. Assim, com
o objetivo de conhecer como era trabalhar em laboratórios, e então decidir se
realmente era isso que desejava para o futuro, ela foi em busca de muitos
laboratórios públicos e privados, se oferecendo para trabalhar como voluntária.
Essa busca levou meses sem que Françoise recebesse uma resposta positiva e
somente quando uma amiga sua sugeriu que ela entrasse em contato com o
laboratório em que estava trabalhando, foi que finalmente encontrou um local
onde poderia estagiar.
Naquela época, era bem difícil achar laboratórios,
principalmente para que estudantes estagiassem. Assim que conseguiu, Françoise
começou a trabalhar em tempo integral e, por isso, se considerava um mal
exemplo para as outras pessoas, pois parou de ir às aulas, pedindo a amigas(os)
para que lhe passassem suas anotações e só ia à Universidade fazer as provas. No
fim, ela continuava indo bem nas provas mesmo não assistindo as aulas, pois
tinha muita motivação e percebeu que trabalhar no laboratório era o que
realmente queria.
Assim, Françoise Barré-Sinoussi ingressou no grupo liderado por Jean-Claude Chermann no Institut Pasteur (“Instituto Pasteur”, em português), localizado em Marne-la-Coquette. Na época, Chermann estava fazendo ensaios em camundongos, investigando a relação entre retrovírus e cânceres. Ele foi um importante incentivador para que Françoise se interessasse cada vez mais pelas Ciências e pela vida de pesquisadora, contribuindo para que o entusiasmo que ela sentia pelas pesquisas que estava desenvolvendo aumentasse. Françoise se apaixonou pela pesquisa e quando não estava realizando as provas necessárias para finalizar o curso, ela permanecia no laboratório. Não demorou muito e Jean-Claude Chermann propôs a Françoise Barré-Sinoussi um projeto de Doutorado.
Françoise Barré-Sinoussi na conferência de encerramento da “International AIDS Conference” (“Conferência Internacional sobre a AIDS”, em tradução livre), em Washington, EUA, julho de 2012
Fonte: Michael Fleshman; Licença: CC BY-SA 2.0.
Durante o Doutorado, Françoise Barré-Sinoussi analisou
o uso de uma molécula sintética para a inibição da transcriptase reversa do
vírus Friend, que é capaz de induzir a enzima responsável pela replicação viral
e, consequentemente, causar o desenvolvimento da leucemia murina. A molécula em
questão, chamada HPA23, demonstrou realmente impedir a transcriptase reversa do
vírus em cultura e os testes pré-clínicos mostraram que o progresso da doença
era retardado devido à utilização dessa molécula nos camundongos.
Contudo, Françoise Barré-Sinoussi precisou terminar o Doutorado
relativamente rápido, pois o diretor do Institut Pasteur da época decidiu
transferir todos os campi externos do Instituto (incluindo o de Marne-la-Coquette,
em que ela estudava) para o campus central, que ficava em Paris. Com
isso, Françoise preferiu finalizar o Doutorado antes da mudança e recebeu o
título de doutora em meados da década de 1970 pela Faculdade de Ciências da
Universidade de Paris.
Também na época do Doutorado, o grupo de pesquisa em
que Françoise trabalhava foi visitado por dois pesquisadores do National
Cancer Institute (NCI – “Instituto Nacional do Câncer”, em tradução livre) que
fazia parte do National Institutes of Health (NIH – “Instituto Nacional
da Saúde”, em tradução livre) dos Estados Unidos da América (EUA) e, na
ocasião, ela conheceu o Dr. Robert Bassin. Mais adiante, outro membro do NCI
esteve no laboratório de Françoise ensinando uma técnica para a detecção da
transcriptase reversa.
Com relação a esse período, Françoise descreve o
sexismo que sofreu por ser mulher e querer seguir a carreira de pesquisadora.
Em suas palavras:
“No final do meu Doutorado, antes de ir para o Pós-Doutorado,
eu conheci os diretores do Institut Pasteur na época para pedir se eu
poderia me inscrever para uma posição como pesquisadora no Pasteur um
dia e um deles me olhou e disse ‘Como pesquisadora?! Nunca. As mulheres nunca
fizeram nada na Ciência. Melhor revisar seus planos de carreira imediatamente.’
Para mim isso foi como uma força motriz para demonstrar aos homens o que
podemos fazer. Este homem me ligou novamente anos depois e disse ‘Eu gostaria
de parabenizá-la, não apenas sobre as descobertas do vírus, mas também porque você
teve muita coragem’.”
Devido aos contatos que teve com os pesquisadores
estadunidenses, ela decidiu realizar um Pós-Doutorado no grupo do Dr. Robert
Bassin no NIH, localizado em Bethesda, nos EUA, ainda durante a década de 1970.
Seu projeto tinha o objetivo de identificar o alvo viral do produto do gene
Fv1, implicado na restrição genética da replicação do vírus da leucemia murina.
Era um projeto desafiador, mas isso não a intimidou e a experiência desse
período foi muito positiva para Françoise Barré-Sinoussi, mesmo sendo
considerada curta por ela, pois durou somente um ano. Um dos motivos de seu
rápido retorno à França foi a proposta de um cargo no Institut National de
la Santé et de la Recherche Médicale (INSERM – “Instituto Nacional de Saúde
e de Pesquisa Médica”, em português), para voltar a atuar no laboratório de Jean-Claude
Chermann. Também, ela conheceu seu futuro marido durante o Doutorado, casou-se
em 1978, pouco tempo depois de retornar.
Françoise Barré-Sinoussi - Fonte: Wikimedia Commons; Licença: Livre.
O grupo de pesquisa do qual fazia parte era um dos
poucos, nas décadas de 1970 e 1980, que permanecia estudando a relação entre
retrovírus e cânceres. Sendo assim, o projeto de pesquisa de Françoise
Barré-Sinoussi, após sua volta, consistia na investigação do controle natural
de infecções retrovirais em um hospedeiro. Em especial, seus estudos analisaram
a ação do interferon (interferons são glicoproteínas produzidas pelo corpo
humano que possuem alta atividade antiviral, são parte essencial da defesa do
organismo contra vírus diversos, incluindo o Novo Coronavírus, por exemplo) no
controle de retrovírus endógenos, bem como observavam a implicação funcional de
sequências retrovirais no potencial metastático de células tumorais em modelos
de camundongos.
Então, no ano de 1982, Françoise Brun-Vézinet, uma
virologista que trabalhava no Hospital Bichat, em Paris, entrou em contato com Luc
Montagnier. Na ocasião, ela estava trabalhando com Willy Rozenbaum, um dos
primeiros médicos na França a observar a nova e alarmante epidemia que se
alastrava. Willy observou vários casos e relacionou com o relatório dos Centres
for Disease Control (CDC – “Centros de Controle de Doenças”, em tradução
livre), publicado em 1981. Por volta dessa época, só tinham sido observados 50
pacientes com a doença desconhecida na França, cuja gravidade ainda era uma
incógnita para a comunidade científica.
Uma pausa para conversarmos sobre a doença
desconhecida. Na época, a comunidade científica não tinha muito interesse em
estudar essa doença cheia de estigmas, pois, dentre outras coisas, havia o
preconceito de que ela só acometia pessoas homossexuais. Preconceitos podem
muitas vezes fazer com que o desenvolvimento científico negligencie vidas, o
que é algo muito sério e que precisa ser combatido!
Voltando... com isso, Luc Montagnier convidou
Françoise Barré-Sinoussi para trabalhar em um novo projeto, que teria como
objetivo determinar se um retrovírus poderia ser o responsável pela doença
causadora da epidemia. Depois de discutir a ideia com Jean-Claude Chermann, decidiram
aceitar a proposta. Anteriormente, Françoise e Jean-Claude tinham detectado sequências
do vírus do tumor mamário de camundongo nos linfócitos de pacientes com câncer
de mama, além de conhecerem a técnica de detecção da atividade da transcriptase
reversa. Esse procedimento havia se tornado comum para detectar a presença de
retrovírus nos experimentos conduzidos por eles e, com o convite e o novo projeto
a ser realizado, Françoise e Jean-Claude ficaram entusiasmados para investigar
se algum retrovírus estava presente em pacientes afetadas(os) pela nova doença.
Françoise Barré-Sinoussi na conferência de
encerramento da “International AIDS Conference” (“Conferência
Internacional sobre a AIDS”, em tradução livre), em Washington, EUA, julho
de 2012
Fonte: Michael
Fleshman; Licença: CC BY-SA 2.0.
No fim de 1982, o grupo de pesquisa de Françoise
Barré-Sinoussi se reunia constantemente com Françoise Brun-Vézinet e Willy
Rozenbaum no Institut Pasteur. As observações clínicas demonstravam que
a doença atacava as células do sistema imunológico das(os) pacientes, mas a
forte depleção dos linfócitos CD4 dificultou muito o isolamento do vírus dessas
células raras em pacientes com Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS
– “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, em português). Devido a isso,
Françoise e seu grupo decidiram utilizar uma biópsia de linfonodo de um
paciente com linfadenopatia generalizada, na qual os linfócitos foram isolados
e cultivados. Durante o experimento, o sobrenadante da cultura de células foi
testado regularmente para atividade de transcriptase reversa.
Os resultados da primeira semana de amostragem não demonstraram
atividade da transcriptase reversa. Mas a Ciência também demanda paciência e
Françoise não desanimou! Na segunda semana de análise, ela própria observou uma
atividade enzimática fraca na amostra, que aumentou significativamente alguns
dias depois. O experimento ainda mostrou que o nível de atividade da transcriptase
reversa caía drasticamente à medida que os linfócitos T na cultura morriam. Devido
a isso, para salvar a cultura e preservar o vírus, Françoise e a equipe
adicionaram à cultura linfócitos de um doador de sangue, o que trouxe os
resultados esperados.
A partir daí, observaram que o vírus voltou a
atividade e começou a infectar os linfócitos recém-adicionados e não demorou
muito para que Françoise e as(os) demais cientistas detectassem uma atividade considerável
da transcriptase reversa. Denominaram o vírus isolado de “lymphadenopathy
associated vírus” (LAV – “vírus associado à linfadenopatia”, em tradução
livre). Então, no início de 1983, Charles Dauguet, responsável pela área de Microscopia
do Institut Pasteur, forneceu as primeiras imagens do vírus em questão.
Após isso, logo foram realizados o isolamento,
amplificação e a caracterização do vírus e foi publicado o primeiro artigo
tratando sobre isso na revista científica Science, em maio de 1983. No
mesmo mês, Françoise Barré-Sinoussi apresentou os estudos no congresso “Cold
Spring Harbor Meeting”, sendo que, depois de sua conferência, ela foi
convidada para discutir os resultados também no NIH, localizado em Bethesda,
EUA.
Nos meses que se passaram, Françoise continuou trabalhando
com a equipe do laboratório para caracterizar o vírus recém-isolado e, em
colaboração com cientistas da Biologia Molecular do Institut Pasteur, foi
feita a determinação do genoma do vírus. Os esforços de Françoise Barré-Sinoussi,
em um trabalho coletivo que envolveu muitas pesquisadoras e pesquisadores, médicas
e médicos, fizeram com que reunissem dados suficientes para convencer a
comunidade científica e as autoridades competentes de que o LAV (mais tarde
denominado Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, sigla em inglês) era o
agente causador da AIDS.
Essa pesquisa foi determinante para a carreira de
Françoise Barré-Sinoussi e, a partir de 1983, ela passou a se dedicar
completamente aos estudos sobre o vírus HIV no Institut Pasteur.
Permaneceu trabalhando no Instituto mesmo após o falecimento de seu colega de
longa data, Jean-Claude Chermann, em 1987. Finalmente, depois de um longo
período de dedicação a essa temática de pesquisa, Françoise se tornou chefe da Biology
of Retroviruses Unit (“Unidade de Biologia dos Retrovírus”, em tradução
livre).
Ao longo de sua carreira, Françoise se dedicou a
colaborar com países de poucos recursos. Visitou o continente africano pela
primeira vez em 1985, por ocasião de um evento da Organização Mundial da Saúde
(OMS), realizado em Bangui. Para ela, a visita foi uma experiência muito
impactante. O choque cultural e as condições difíceis marcaram a pesquisadora e
fizeram com que ela visse a necessidade de contribuir com esses países. Além
disso, também visitou o Vietnã por várias vezes e, depois de sua primeira
visita em 1988, também começou a se relacionar com países asiáticos. A
colaboração estabelecida com a África e a Ásia resultou em intercâmbios
contínuos entre jovens cientistas dos respectivos países e cientistas de Paris.
Mais tarde, já nos anos 2000, a unidade em que
Françoise trabalhava no Institut Pasteur foi nomeada como “Regulation
of Retroviral Infections Unit” (“Unidade de Regulamentação de Infecções
Retrovirais”, em tradução livre), em 2005.
Mas foi somente em 2008, mais de 20 anos após a
primeira publicação de Françoise Barré-Sinoussi sobre o vírus HIV, que ela foi
laureada com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina “pela descoberta do vírus
da imunodeficiência humana”[i],
dividindo o Prêmio com Luc Montagnier.
Françoise Barré-Sinoussi - Fonte: Wikimedia Commons; Licença: Livre.
Em relação ao recebimento da honraria, Françoise
afirmou em sua autobiografia:
“Embora preveja continuar meus esforços
profissionais praticamente inalterados pelo Prêmio Nobel, espero que esse
reconhecimento forneça a centelha necessária para estimular os esforços
internacionais na luta contra o HIV / AIDS.”[i]
Em fevereiro de 2009, Françoise foi eleita membra da
Academia Francesa de Ciência. Em julho de 2012, tornou-se presidenta da
Sociedade Internacional de AIDS (SIA), governando a instituição até 2014. Em
2013, a pesquisadora recebeu a condecoração de ordem máxima da nação francesa,
a Ordem Nacional da Legião de Honra. Atualmente é vice-presidenta da iniciativa
IAS Towards an HIV Cure (“Sociedade
Internacional de AIDS em direção a cura do HIV”, em tradução livre) e em 2017,
se tornou presidenta do Sidaction, um grande evento francês para conscientizar
e coletar fundos de caridade para pesquisadores, projetos de apoio às pessoas
soropositivas e ações mundiais no combate contra a AIDS. Em 2020, os fundos
levantados no evento puderam apoiar 30 projetos de pesquisa e 35 jovens
pesquisadores e pesquisadoras, 88 projetos de apoio a pessoas soropositivas realizados
na França por 67 associações, e 60 ações realizadas por 29 associações em 18
países.
Durante a carreira, ela ganhou mais de 10 prêmios
nacionais ou internacionais. É autora e coautora de 270 publicações, de mais de
120 artigos em livros de revisão, 250 palestras em congressos internacionais e
17 patentes científicas.
Em 2018, na 22ª Conferência Internacional de AIDS –
que aconteceu em Amsterdã, de 23 a 27 de julho – Françoise falou sobre os
desafios a serem superados rumo ao fim da AIDS como problema de saúde pública
até 2030.
Assista o vídeo clicando aqui.
Em 2020, Françoise Barré-Sinoussi foi nomeada para
chefiar um Comitê de Análise, Pesquisa e Expertise (Care) científica, composto
de doze pesquisadoras(es) e médicas(os), tendo iniciado nessa tarefa no dia 24
de março. Este comitê é responsável por aconselhar o governo francês sobre
todos os assuntos relacionados ao tratamento da Covid-19. O grupo acompanha
todos os estudos sobre a Covid-19 autorizados atualmente na França e no
exterior. A maior preocupação de Françoise é com as notícias falsas que
circulam sobre a Pandemia do Novo Coronavírus e tratamentos ineficazes, como o
uso da hidroxicloroquina, cuja eficácia não foi rigorosamente comprovada pela
Ciência. Em suas palavras:
“Alguns podem estar contaminados e podem espalhar o vírus. Isso não faz sentido. Vivi este tipo de situação na década de 1980, e é algo que confunde a população que já está atordoada com a dimensão desta Pandemia.”
Com isso, reiteramos a importância de continuarmos
seguindo as medidas de contenção da Covid-19 elencadas pela OMS: a manutenção
do distanciamento (e isolamento, quando possível) social; a utilização de
máscara; e a grande atenção com a higiene. A Pandemia ainda não acabou, mas
temos as palavras de Françoise Barré-Sinoussi para nos dar força e nos confortar,
pois, devido às Ciências, tudo ficará bem:
“Sempre há esperança na vida porque sempre há
esperança na Ciência.”
E então? O que acharam? Nós ficamos infinitamente
inspiradas pela paixão de Françoise pela pesquisa, sua força em não se abalar
mesmo nos momentos difíceis e, em especial, por mudar os rumos das Ciências
quebrando preconceitos e melhorando (e salvando!) a vida de muitas pessoas ao
redor do mundo!
Abraços apertados à distância, cuidem-se e até a
próxima!
Por Gabriela Ferreira, Amanda Ribeiro da Rocha e
Glaucia Pantano
Infográfico: Amanda Riberio da Rocha
Algumas
curiosidades sobre Françoise Barré-Sinoussi
Um
dos sonhos de Françoise é finalmente achar a cura para a AIDS, mas ela sabe o
quão difícil esse processo é e continuará sendo. Ela acredita que em três ou
cinco anos nós teremos novas tecnologias que irão possibilitar um progresso
incrível para ser capaz de detectar todos os reservatórios no corpo e atingir uma
única célula infectada latentemente no corpo. Nesse caso seria possível
eliminar o vírus, porém hoje ainda é impossível. Por hora, Françoise fica muito
otimista para conseguir uma remissão sustentável depois de parar o tratamento.
Isto é realmente algo que é viável e ela acredita que dará certo.
O
marido de Françoise havia falecido meses antes dela receber o prêmio Nobel,
sendo sua ausência no evento algo muito marcante e triste a ela.
Um
pouco mais sobre Françoise Barré-Sinoussi
A palestra dada por Françoise Barré-Sinoussi (em inglês) após o recebimento do Prêmio Nobel pode ser assistida no link: <https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2008/barre-sinoussi/lecture/>. Acesso em: 9 mar. 21.
Françoise
Barré-Sinoussi foi entrevistada pela International AIDS Society. A
entrevista (em inglês) pode ser lida na íntegra em: <https://www.iasociety.org/IASONEVOICE/From-discovery-to-a-cure-A-conversation-with-Francoise-Barre-Sinoussi>.
Acesso em: 9 mar. 21.
O primeiro artigo publicado por Françoise
Barré-Sinoussi e sua equipe sobre os estudos do vírus HIV permanece disponível
na base de dados da revista Science. O conteúdo completo, infelizmente,
não é gratuito, mas no link a seguir é possível ter contato com o resumo do
texto: <https://science.sciencemag.org/content/220/4599/868>.
Acesso em: 10 mar. 21.
Referências
INSTITUT PASTEUR. Françoise Barré-Sinoussi, born
in 1947. Disponível em: <https://www.pasteur.fr/en/institut-pasteur/history/francoise-barre-sinoussi-born-1947>. Acesso em: 9 mar. 21
KYL, Suellen. Como funciona o Ensino Superior na
França. Guia do Estrangeiro, 5 abr. 2014. Disponível em: <https://guiadoestrangeiro.com/como-funciona-o-ensino-superior-na-franca/>. Acesso em: 9 mar. 21.
LE MONDE. Françoise Barré-Sinoussi: “Ne donnons pas de faux espoirs, c’est une
question d’éthique”, 24 mar. 20. Disponível em: < https://www.lemonde.fr/planete/article
/2020/03/24/francoise-barre-sinoussi-ne-donnons-pas-de-faux-espoirs-c-est-une-question-d-ethique_6034
231_3244.html>. Acesso em: 9 mar.
21.
MUSEU CIÊNCIA E VIDA. Agora é que são
elas: Françoise Barré-Sinoussi. Fundação CECIERJ, 12 mai. 20. Disponível
em: <https://www.cecierj.edu.br/2020/05/12/agora-e-que-sao-elas-francoise-barre-sinoussi/>. Acesso em: 9 mar. 21.
RUBIO, Isabel; VALDÉS, Isabel. Françoise
Barré-Sinoussi, a mulher que descobriu o vírus da AIDS. El País, 7 mar.
18. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/06/politica/1520356842_105715.html>. Acesso em: 9 mar. 21.
SIDACTION. En
2020 grâce à vos dons, c2021. Disponível em: <https://www.sidaction.org />. Acesso em: 10 mar. 21.
THE NOBEL PRIZE. Françoise Barré-Sinoussi Biographical, c2021. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2008/barre-sinoussi/biographical/>. Acesso em: 9 mar. 21.
THE NOBEL PRIZE. Françoise Barré-Sinoussi Facts, c2021. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2008/barre-sinoussi/facts/>. Acesso em: 9 mar. 21.
THE NOBEL PRIZE. The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2008, c2021. Disponível em: <https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2008/summary/>. Acesso em: 9 mar. 2
[i] Texto original: “for their discovery of human immunodeficiency vírus.”
[ii] “Although I anticipate continuing my professional endeavours largely unchanged by the Nobel Prize, I hope that this recognition will provide the necessary spark to spur international efforts in the fight against HIV/AIDS.”
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