Caça-Palavras: O Prêmio Nobel de Física e a representatividade feminina

O Prêmio Nobel de Física e a representatividade feminina

O Prêmio Nobel de Física existe desde 1901 e, nesses 120 anos, a LÁUREA foi concedida por 115 vezes a 219 pessoas, dentre as quais somente quatro mulheres foram agraciadas. Esse número representa 1,8% do total, que é o menor PERCENTUAL de todas as categorias. Além disso, todas elas receberam apenas ¼ da premiação, sempre DIVIDINDO com mais dois homens. A polonesa MARIE CURIE (1867-1934) foi a primeira mulher na história a receber um Nobel, em 1903, devido aos seus estudos pioneiros sobre RADIOATIVIDADE. Depois de 60 anos, em 1963, finalmente outra mulher foi laureada, a estadunidense Maria GOEPPERT-MAYER (1906-1972), por sua pesquisa sobre a estrutura NUCLEAR da matéria. Mais uma vez, houve um LONGO período de tempo sem a presença feminina na categoria e, apenas em 2018, com uma diferença de 55 anos, a canadense DONNA Strickland recebeu o Prêmio por seu método de produção de pulsos ÓPTICOS de alta intensidade e ultracurtos com lasers. Por fim, a mais recente laureada foi a estadunidense ANDREA GHEZ, que recebeu o NOBEL de Física em 2020 por descobrir um BURACO NEGRO supermassivo no centro da Via Láctea. A área da Física é uma das mais problemáticas com relação à presença das mulheres, o que reflete na baixa representatividade de agraciadas com o Prêmio Nobel, mas a sub-representação não é um problema isolado. O próprio HISTÓRICO da premiação revela casos de misoginia, sexismo, racismo e xenofobia que excluíram as mulheres e favoreceram homens nos momentos da indicação e/ou entrega da láurea. Precisamos refletir sobre esse cenário de grande desigualdade e buscar INICIATIVAS para transformá-lo. Ainda, é importante valorizar as mulheres da Física e suas pesquisas, bem como INCENTIVAR o interesse de meninas pela área.

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